A Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (www.abracopel.org) lançou seu
Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2019 – ano base 2018. O documento apresenta levantamento estatístico
dos acidentes. Segmentado por tipo de ocorrência – choque elétrico, incêndio gerado por sobrecarga ou descarga
atmosférica (raio), e também por gênero, faixa etária, profissão, atividade, localidade, dentre outros, o Anuário mostra
que, a cada dia, duas pessoas morrem em acidentes cuja origem é a eletricidade.
De acordo com o levantamento, ocorreram 1.424 acidentes elétricos em 2018, sendo que 836 foram ocasionados por choque, o
equivalente a 59% do total. Deles, 622 foram fatais, resultando em morte. Já os incêndios derivados de curto-circuito
ficaram em 537, o que corresponde a 38%, e ocasionaram 61 mortes.
Os dados revelam um aumento de 18,84% no número de acidentes ocasionados por incêndios de origem elétrica e de mais de
100% no número de mortes ocasionadas por esses acidentes em comparação com o ano anterior: em 2017 foram 1.387 acidentes
elétricos, sendo que 481 deles incêndios decorrentes de curto-circuito, gerando 30 mortes.
O número de choques elétricos diminuiu em relação a 2017, mas ainda se manteve alto: foram 851, sendo que 627 deles
resultaram em mortes.
Os acidentes originados por raios equivalem a 3% do total, sendo responsáveis por 51 dos incidentes elétricos ocorridos
no país e por 38 mortes em 2018.
A faixa etária mais atingida pelos acidentes elétricos é a que compreende adultos de 31 a 40 anos: foram 160 vítimas
fatais, o equivalente a 26%. Depois, vem a faixa de 21 a 30 anos, com 144 vítimas e 23% do total.
Em relação aos locais onde mais ocorreram os incêndios por sobrecarga, as residências registraram o maior número: foram
207, que geraram 44 mortes. Os comércios foram os locais que apresentaram o segundo maior número de incêndios elétricos
fatais: foram 130, resultando em uma morte.
Os choques elétricos também ocorreram, em sua maioria, em ambientes residenciais: foram registrados 209 choques fatais.
Em segundo lugar, estão as redes aéreas de distribuição, com 172 choques que resultaram em mortes.
Já o aumento de incêndios decorrentes de sobrecarga no Brasil, para o especialista, demonstra o descuido com a
manutenção das redes elétricas. De acordo com ele, elas devem acontecer de 10 em 10 anos e ser realizadas por
profissionais devidamente capacitados.
O Anuário foi apresentado em evento realizado na FIESP – Federação das Indústrias do Estado de SP com a presença das
entidades: PROCOBRE, ABILUX, ABRAFAC, ABRASIP, COBEI, ABRINSTAL, ABINEE, SINDRATAR, DECONCIC (FIESP), SENAI NACIONAL e
CORPO DE BOMBEIROS.